No próximo sábado às 15h tem início a primeira de três conversas dedicadas ao acervo do Cineclube do Porto, disponível na Biblioteca de Cinema do Cineclube do Porto, na Casa do Infante.

Esta iniciativa integra as comemorações dos 80 anos do Cineclube do Porto.

Neste primeiro encontro, vamos partir de documentos censurados do acervo do Cineclube, refletir sobre a censura antes do 25 de Abril e pensar os riscos que hoje ameaçam a liberdade e os direitos conquistados.

A conversa será moderada por José Alberto Pinto e contará com as participações de Cristina Baptista Lopes e Teresa Borges.

🗣️ Entrada livre.

Documentação do Cineclube do Porto visada pela censura. Excerto de programa, março de 1963. Acervo Cineclube do Porto / Arquivo Histórico Municipal do Porto
Documentação do Cineclube do Porto visada pela censura. Excerto de programa, março de 1963. Acervo Cineclube do Porto / Arquivo Histórico Municipal do Porto

José Alberto Pinto (moderador)

Cineasta, artista, docente, investigador e cineclubista, José Alberto Pinto tem vindo a desenvolver trabalho em torno do Arquivo do Cineclube do Porto e do movimento cineclubista português, tendo sido curador da exposição Cinema de Revolução — Fragmentos de uma Narrativa Cineclubista (2024-2025), e editor da publicação 75 Anos Cineclube do Porto (2020), ambos em colaboração com Marta Reis. Em 2020, deu início à recolha de testemunhos de sócios do clube para o arquivo.

Formado em Cinema e Vídeo, possui mestrado em Documentário e doutoramento em Artes Plásticas. Lecionou na Escola Artística de Soares dos Reis, na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e na Escola Superior Artística do Porto.

No Clube Português de Cinematografia/Cineclube do Porto, exerceu funções de Director e Presidente, sendo atualmente Presidente da Mesa da Assembleia Geral.

Cristina Baptista Lopes

Cristina Batista Lopes (1984-) é investigadora do grupo Práticas Artísticas: Imaginação, Materialidades, Transições, no CEIS20 – Centro de Estudos Interdisciplinares da Universidade de Coimbra (UC), e doutoranda em Estudos Contemporâneos (CEIS20-UC). Foi bolseira de doutoramento da FCT entre setembro de 2021 e setembro de 2025, com o projeto Resgates da Sé7ima Memória, cujo tema central é a censura ao cinema em Portugal durante o Estado Novo. Atualmente, a sua tese de doutoramento encontra-se em fase de conclusão.

Dedica-se à investigação na área da censura cinematográfica. Concluiu, em 2017, o mestrado em Estudos Artísticos na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, com o desenvolvimento do projeto Sé7ima Memória, um ciclo de cinema direcionado ao público sénior. Em 2014, concluiu a licenciatura em Estudos Artísticos pela mesma universidade. Estudou violino e concluiu o 5.º grau no Conservatório de Música de Coimbra.

É também atriz e professora de expressão musical e teatral.

Teresa Borges

Teresa Borges ( Lisboa, 1971) é licenciada em Comunicação Social (ramo Científico) pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (1994), e pós-graduada em Ciências Documentais pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (2005). 

Em fevereiro de 1993, integra a equipa do Centro de Documentação e Informação da Cinemateca Portuguesa, serviço que passou a coordenar em junho de 1998.

No âmbito da atividade profissional, coordenou a participação portuguesa no projecto European Film Gateway (2008-2011), que deu origem à seção “Cinemateca Digital” do website do organismo; concebeu e coordenou o projecto Cinem@TIC (sistema de informação da Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema); coordenou a edição da obra “Escritos Sobre Cinema de João Bénard da Costa” (publ. 2018-2024). 

É diretora do Departamento de Divulgação e Exposição Permanente da Cinemateca desde janeiro de 2025 e professora convidada da unidade curricular “Gestão de Coleções Audiovisuais” do Mestrado em Património Cinematográfico e Audiovisual da Universidade Lusófona.

SOBRE

O Cineclube do Porto, na sua origem intitulado de Clube Português de Cinematografia, é fundado por Hipólito Duarte no Liceu Alexandre Herculano no ano de 1945 tornando-se o primeiro Cineclube do país. Após a fundação pioneira o seu trajecto torna-se fulgurante com as suas sessões anti regime. Desde 2013 que mantém , em parceria com a DRCN, o projeto de “Cinema na Casa das Artes” com duas sessões semanais. Desde janeiro de 2023 regressa ao Batalha com as Matinés do Cineclube em sessões quinzenais aos domingos de manhã.

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