CINEMA NA CASA DAS ARTES

SALA HENRIQUE ALVES COSTA

fevereiro

morte

[fim, recomeço e redenção]

O mês de Fevereiro é dedicado ao tema da Morte e como esta temática é abordada das mais variadas maneiras ao longo dos oito filmes propostos.

Abrimos o mês com o filme do tailandês Apitchapong Weerasethakul que nos conta através do seu filme “O tio Boonmee que se lembra das suas vidas anteriores” uma história sobre reencarnação e fantasmas. Seguido do filme de Piero Messina “A espera” que relata a história de uma mãe que, em plena época pascal, adia o luto do filho não revelando à namorada a morte dele.

Na semana seguinte recebemos “Solaris” do realizador russo André Tarkovsky, um filme meditativo onde se aborda o tema do luto e da tentativa de recomeço. Na mesma semana, apresentamos o último filme realizado pelo Nanni Moretti, “Mia madre” sobre a dor da partida antes mesmo dela se consumar.

Na semana de 15 e 17, “O sabor da Cereja” de Abbas Kiarostami e “Lucky” de John Carroll Lynch onde o tema da morte é tratado com delicadeza e humanismo não faltando por vezes algum humor.

Na última semana do mês teremos o filme português “ A floresta das Almas Perdidas”apresentado pelo seu realizador e que foi considerado pela Newsweek um dos melhores filmes de terror de 2017.

Fechamos o mês com o mais recente filme de Fatih Akin “Uma mulher não chora” que venceu o prémio de melhor actriz no festival de Cannes onde também esteve nomeado à Palma de Ouro e foi vencedor do Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro.

Não percam Fevereiro. Há muito para ver!

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Quinta, 1 de fevereiro | 21h30

O TIO BOONMEE QUE SE LEMBRA DAS SUAS VIDAS ANTERIORES

LOONG BOONMEE RALEUK CHAT

Apichatpong Weerasethakul

FR/GB/ES/ALE/TAI | 2010 | FIC | 113′ | M/16

É um mergulho na selva que explora temas como a reencarnação e as vidas passadas. Boonmee está muito doente e resolve passar os seus últimos dias rodeado pelas pessoas que ama. O fantasma da mulher já morta aparece para cuidar dele, tal como o filho que regressa numa forma não-humana.

Sábado, 3 de fevereiro | 18h00

A ESPERA

L’ATTESA

Piero Messina

IT| 2015 | FIC | 100′ | M/12

Anna passa os seus dias em solidão, deambulando pelos grandes quartos de uma antiga mansão com sinais de decadência.

A bela e agreste paisagem siciliana que circunda a casa isola-a, ao mesmo tempo que o nevoeiro que se vai instalando afectam a visibilidade. Só os passos de Pietro, o encarregado, quebram o silêncio.

De repente, surge Jeanne, uma jovem que pretexta ser namorada de Giuseppe, o filho de Anna. Ele convidara-a a ir ter com ele à Sicília para passarem uns dias juntos. As duas mulheres não se conhecem. Anna nem sequer sabia da existência de Jeanne. E Giuseppe não está. Para onde foi ele? As suas coisas estão lá todas, no seu quarto. Ele voltará muito em breve, diz Anna… Os dias passam, as duas mulheres vão-se conhecendo, e juntas dispõem-se a esperar pela Páscoa, altura em que Giuseppe irá finalmente regressar a casa e uma enorme procissão tradicional desfilará pela vila.


Quinta-feira, 8 de fevereiro | 21h30

SOLARIS

SOLYARIS

Andrei Tarkovsky

RÚSSIA | 1972 | FIC | 167′ | M/12

“Solaris” é um filme de ficção científica do cineasta soviético Andrei Tarkovski. Adaptado de um romance do polaco Stanislaw Lem, o filme apresenta através da odisseia de um psicólogo num planeta, uma série de encontros dos seres humanos com os seus próprios receios e fantasias. Kris Kelvin é um psicólogo que é enviado para uma estação espacial que se encontra na órbita do planeta Solaris. A bordo da estação só restam três elementos dos 85 que integravam a tripulação. Morreram em circunstâncias misteriosas e Kelvin tem de avaliar se a estação deve ser evacuada ou se o planeta, que provoca fenómenos psíquicos estranhos, deve ser destruído. “Solaris” conquistou o prémio especial do júri no Festival de Cannes em 1972.

Sábado , 10 de fevereiro | 18h00

MINHA MÃE

MIA MADRE

Nanni Moretti

ITÁLIA | 2015 | FIC | 106′ | M/14

Margherita é uma realizadora em plena rodagem de um filme cujo protagonista é um famoso actor americano. Às questões artísticas que enfrenta, juntam-se angústias de ordem pessoal: a sua mãe encontra-se no hospital e a sua filha em plena crise adolescente. O seu irmão, por sua vez mantém-se como uma constante na sua vida. Conseguirá Margherita estar à altura de todos os problemas familiares e artísticos que enfrenta?

Quinta-feira, 15 de fevereiro | 21h30

O SABOR DA CEREJA

TA’M E GUILASS

Abbas Kiarostami

IRÃO | 1995 | FIC | 95′ | M/12

“O Sabor da Cereja” foi o filme que trouxe ao cineasta iraniano Abbas Kiarostami a Palma de Ouro de Cannes em 1997 e que dividiu as opiniões da crítica em geral. Uns reconheceram no filme uma obra-prima, outros nem por isso. “O Sabor da Cereja” é um filme simples e sereno, com algum humor sobre um assunto emocionalmente complexo. A figura central da história é Badii (Homayoun Ershadi), um homem de meia-idade que guia um Range Rover pelas ruas de Teerão em busca de um candidato para um trabalho invulgar. Badii planeia o seu suicídio e procura alguém que o possa ajudar. Um tratamento subtil do suicídio, um tema que por si só divide opiniões totalmente proibido no mundo islâmico. 

Sábado , 17 de fevereiro | 18h00

LUCKY

John Carroll Lynch

EUA | 2017 | FIC | 88′ | M/12


LUCKY ilustra a jornada espiritual de um ateu com 90 anos e as personagens peculiares que habitam na sua cidade desértica, no meio de nenhures. Tendo sobrevivido aos seus contemporâneos, o tempestuoso e independente Lucky encontra-se no precipício da vida, enveredando numa jornada de auto-exploração, em direcção ao que costuma ser inatingível: a iluminação.

LUCKY marca a estreia como realizador do aclamado actor John Carroll Lynch, sendo uma carta de amor à vida e à carreira de Harry Dean Stanton, bem como uma reflexão acerca de mortalidade, solidão, espiritualidade e relações humanas.

Quinta-feira, 22 de fevereiro | 21h30

A FLORESTA DAS ALMAS PERDIDAS

José Pedro Lopes

PORTUGAL | 2017 | FIC | 77′ | M/16

o realizador estará presente na sessão.

Numa floresta densa e remota, o local mais popular para a prática do suicídio em Portugal, dois estranhos conhecem-se. Ele é um pai de família à procura do local onde a sua filha morreu. Ela é uma jovem com uma paixão pela morte.

Mas um deles não é quem diz ser.

Sábado, 24 de fevereiro | 18h00

UMA MULHER NÃO CHORA

AUS DEM NICHTS

Fatih Akin

AL/FR| 2017 | FIC | 106′ | M/16

Inesperadamente, a vida de Katja desmorona-se quando o marido Nuri e o filho Rocco morrem num atentado à bomba. Os amigos e familiares tentam apoiá-la em tudo o que conseguem e Katja consegue sobreviver ao funeral. Mas a busca pelos perpetradores e as razões que levaram ao atentado agravam o luto de Katja, abrindo feridas e dúvidas. Danilo, advogado e melhor amigo de Nuri, representa Katja no julgamento dos dois suspeitos: um casal neo-nazi. O julgamento leva Katja ao limite. Para ela não há outra alternativa senão fazer-se justiça. 

Bilhete Normal: €3.50 | Bilhete Estudante e +65anos: € 2.50 | Bilhete Associado Cineclube do Porto: €0.50
A bilheteira abre 30 minutos antes de cada sessão.
ccp@cineclubedoporto.pt | facebook.com/cineclubedoporto | cineclubedoporto.wordpress.com
Casa das Artes – Sala Henrique Alves Costa | Rua de Ruben A. 210, 4150-639 Porto | T. 220 116 350

SOBRE

O Cineclube do Porto, na sua origem intitulado de Clube Português de Cinematografia, é fundado por Hipólito Duarte no Liceu Alexandre Herculano no ano de 1945 tornando-se o primeiro Cineclube do país. Após a fundação pioneira o seu trajecto torna-se fulgurante com as suas sessões anti regime. Desde 2013 que mantém , em parceria com a DRCN, o projeto de “Cinema na Casa das Artes” com duas sessões semanais. Desde janeiro de 2023 regressa ao Batalha com as Matinés do Cineclube em sessões quinzenais aos domingos de manhã.

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