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Quinta-feira, 05 de março | 21h30

A PROPÓSITO DE LLEWYN DAVIS
INSIDE LLEWYN DAVIS
Ethan e Joel Cohen
FRA/EUA | 2013 | FIC | 104 | M/12

1961. Llewyn Davis é um cantor de música folk que ambiciona dar-se a conhecer ao mundo. Com o Inverno a chegar a Nova Iorque, vagueia por Greenwich Village de guitarra na mão, em busca da grande oportunidade da sua vida. Até hoje, apenas pôde contar com a ajuda dos amigos, que lhe foram dando um lugar para dormir nas noites mais frias e inventando formas de o ajudar a sobreviver ao dia-a-dia. Apesar de nada parecer correr como o esperado, Llewyn tem agora uma última esperança: ir a Chicago para uma audição com o influente agente musical Bud Grossman. 
Escrito e realizado pela dupla Joel e Ethan Coen (“Fargo”, “Este País Não é Para Velhos”, “Indomável”), o filme é vagamente inspirado na vida de Dave van Ronk, cantor folk norte-americano que liderou o cenário musical de Greenwich Village durante a década de 1960 e que inspirou outros grandes ícones, como Bob Dylan, Phil Ochs ou Joni Mitchell. Nos principais papéis surgem os actores Oscar Isaac, Carey Mulligan, John Goodman e Justin Timberlake .

Sábado, 7 de março| 18h00

20 000 DIAS NA TERRA

20 000 DAYS ON EARTH

Iain Forsyth, Jane PollardI

UK | 2014 | DOC| 95 | M/12

O 20.000º dia na vida de Nick Cave – a partir do som do seu despertador, logo pela manhã, até a um passeio nocturno pela praia, após um concerto – transforma-se num retrato poético e atmosférico acerca de um dos mais criativos artistas do nosso tempo. Na sua estreia cinematográfica, a dupla Jane Pollard e Iain Forsyth combina fantasia e realidade, privado e público, num dia ficcionado, capturando a história de vida deste músico aclamado. Algumas cenas dramatizadas – como uma conversa com o psicanalista acerca da sua infância, ou um arquivista a às voltas com as fotografias dos tempos selvagens de Nick Cave – cruzam-se com imagens de ensaios e gravações em estúdio e com testemunhos de outros artistas que colaboraram com Cave, como Blixa Bargeld ou Kylie Minogue. A narração, inequivocamente redigida e relatada pelo próprio Nick Cave, explicam a sua visão do mundo, a sua vida e acima de tudo a filosofia que está na origem da composição das suas músicas.

Quinta-feira, 12 de março | 21h30


A PIANISTA

LA PIANISTE

Michael Haneke

FRA | 2001 | FIC| 130′ | M/16

Com “A Pianista”, o realizador austríaco Michael Haneke volta ao universo perturbador e incómodo e ao jogo de nervos com o espectador que já tinha iniciado em “Brincadeiras Perigosas” e em alguns momentos de “Código Desconhecido”, mas, desta vez, a frieza é levada ao limite.

O filme é uma adaptação do romance da escritora Elfriede Jelinek e conta a história de Erika Kohut, uma mulher na casa dos quarenta anos, que vive oprimida pela mãe. Frequenta em segredo cinemas pornográficos e peep-shows. A sua sexualidade resume-se a um voyeurismo mórbido e às mutilações masoquistas que inflige a si própria. Erika vive noutro mundo, até ao dia em que um dos seus alunos decide seduzi-la…

“A Pianista” conquistou o Grande Prémio do Festival de Cannes e Isabelle Huppert e Benoît Magimel, com os seus magníficos desempenhos, venceram os Prémios de Interpretação Feminina e Masculina do certame.

Sábado, 14 de março | 18h00

I’M NOT THERE – NÃO ESTOU AÍ

Todd Haynes

EUA | 2007 | FIC| 135′ | M/12

Seis actores, ou melhor cinco actores e uma actriz, seis facetas de um ícone americano: Bob Dylan. Cate Blanchett, Richard Gere, Heath Ledger, Christian Bale, Ben Whishaw e Marcus Carl Franklin fazem uma viagem pouco convencional à vida de Dylan, desde o despertar para a música ao auge da carreira e aos momentos difíceis. Facetas públicas, privadas, fantasiosas de um mito em mutação, um poeta, compositor, fora-da-lei, tumultuoso, esquivo. Realizado por Todd Haynes, “I’m Not There – Não Estou Aí”, recebeu o Prémio Especial do Júri no Festival de Veneza. Blanchett recebeu o Globo de Ouro para Melhor Actriz Secundária e o Prémio de Melhor Actriz em Veneza.

Quinta-feira, 19 de março | 21h30

FRANK

Lenny Abrahamson

IRL/ GB | 2014 | FIC| 95′ | M/12

Jon Burroughs é um jovem apaixonado por música que ambiciona conquistar o mundo. A grande oportunidade da sua vida surge quando se cruza com os Soronprfbs, uma banda de pop alternativo liderada pelo enigmático e excêntrico Frank, um génio musical que propositadamente se esconde dentro de uma grande cabeça feita de papel machê. Entre os dois nasce uma amizade especial que fará Jon olhar a natureza humana de um modo totalmente novo…

Com realização de Lenny Abrahamson, segundo um argumento de Jon Ronson e Peter Straughan, uma comédia negra que conta com as participações de Michael Fassbender (no papel de Frank), Domhnall Gleeson, Maggie Gyllenhaal, Scoot McNairy, François Civil e Carla Azar, entre outros.

Sábado, 21 de março | 18h00

I LOVE KUDURO

Mário Patrócinio

PT/ANGOLA | 2014 | DOC| 96′ | M/12

Um documentário que segue algumas das mais idolatradas estrelas de kuduro, um fenómeno urbano que hoje representa a nova geração angolana. No princípio da década de 1990, em Angola, o kuduro surge essencialmente como uma dança. Com o passar do tempo, influenciado pelos cânticos nativos e pelos ritmos da kizomba, sungura, semba, ragga e afro house, entre outros, evolui para um novo género musical, ligado à diversão da população mais pobre da baixa de Luanda. As letras misturam o português com os vários dialectos locais e contam histórias simples do dia-a-dia. De Angola, o kuduro rapidamente se espalhou pelo continente africano e europeu e hoje tem expressão pelo mundo inteiro.

Quinta-feira, 26 de março | 21h30

DANCER IN THE DARK

Lars Von Trier

EUA / ISL / IT / FR | 2000 | FIC| 140′ | M/12

“Dancer in the Dark” foi o grande vencedor no Festival de Cannes em 2000. Arrebatou a Palma de Ouro (melhor filme) e a estreante Björk recebeu o Prémio para a Melhor Interpretação Feminina.

O filme de Lars von Trier fecha o círculo de uma trilogia que começou com “Ondas de Paixão” e continuou com “Os Idiotas”, todos eles vinculados aos critérios do manifesto Dogma 95 – que, questionando o artificialismo do cinema convencional, impõe filmar de câmara na mão e com luz natural. 

O sacrifício feminino é novamente evocado mas, enquanto que no primeiro filme temos a imolação de uma mulher pelo marido, neste último a mártir é uma mãe solteira, que se sacrifica pelo filho. Em tom de melodrama musical, o filme conta a história de Selma (Björk), uma mulher de origem checa, mãe solteira, que em 1964 emigra para a América, onde arranja trabalho numa fábrica. Selma tem um segredo que vai ter de resolver e precisa de arranjar dinheiro. A realidade é trágica e Selma tenta alienar-se do mundo real e refugia-se na música, a sua grande paixão, criando cenários alegres, típicos dos grandes musicais de Hollywood..

Sábado, 28 de março | 18h

FADO CAMANÉ

Bruno de Almeida

PT | 2014| DOC| 72′ | M/12

Noite do Fado. Ao longo da carreira, passaria pelos palcos de Filipe La Féria, recriaria António Variações no projecto Humanos, daria voz a música para cinema e, acima de tudo, tornar-se-ia um dos maiores nomes do fado da sua geração.

Versatilidade. Emoção. Tradição enriquecida com a dose certa de risco. Tudo isto faz parte da personalidade artística de Camané. E tudo isto se conjuga num filme que oferece uma luz sobre o seu processo criativo. Duas pessoas ocupam lugares determinantes: José Mário Branco, produtor e director musical, e Manuela de Freitas, poetisa. Porque é nesta trindade de música, poesia e interpretação que Camané se destaca e define a sua essência. E é sobre ela que o filme se detém. Em jeito de “fadocumentário”, o realizador entra em estúdio e acompanha as gravações do álbum “Sempre de Mim” (2008), registando as cumplicidades, subtilezas e intensidades do trabalho. O resultado é “Fado Camané”, que chega às salas de cinema um ano depois da compilação “O Melhor | 1995-2013”, disco duplo que reúne os momentos mais marcantes do percurso do fadista, desde a estreia discográfica com “Uma Noite de Fados” (1995).

Realizado por Bruno de Almeida – que assinou “Amália, Estranha Forma de Vida” (a propósito do qual conheceu Camané), “The Lovebirds” (em que o seu contributo teve um papel essencial) e também o vídeo de “Sei de um rio” –, “Fado Camané” estreou-se na abertura da secção Heart Beat do DocLisboa 2014.

Bilhete Normal: €3.50 | Bilhete Estudante e +65anos: 2.50 | Bilhete Associado Cineclube do Porto: €0.50

A bilheteira abre 30 minutos antes de cada sessão.

Casa das Artes – Sala Henrique Alves Costa
Rua de Ruben A. 210, 4150-639– Porto
T.220116350

SOBRE

O Cineclube do Porto, na sua origem intitulado de Clube Português de Cinematografia, é fundado por Hipólito Duarte no Liceu Alexandre Herculano no ano de 1945 tornando-se o primeiro Cineclube do país. Após a fundação pioneira o seu trajecto torna-se fulgurante com as suas sessões anti regime. Desde 2013 que mantém , em parceria com a DRCN, o projeto de “Cinema na Casa das Artes” com duas sessões semanais. Desde janeiro de 2023 regressa ao Batalha com as Matinés do Cineclube em sessões quinzenais aos domingos de manhã.

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