O Cineclube apresenta na Casa das Artes a seguinte programação para o mês de Abril:
Quarta-feira, 02 de abril | 21h30
A CARA QUE MERECES
Miguel Gomes
PORTUGAL | 2004 | Fic | Cor | 108’ | M/12
Francisco, comporta-te! Bem sei que hoje fazes 30 anos, que é carnaval e que vestes de cowboy na festa do colégio, cercado por miúdos que detestas.
Controla-te, rapaz…! Não vês que assim já não te aturam? E d epois, como é que é? Partes a cabeça, vais para o hospital, ficas com sarampo e já não tens ninguém para tratar de ti… Como à Branca de Neve, davam-te jeito sete anões…
Francisco, repete comigo: “Até aos trinta anos tens a cara que Deus te deu, depois tens a cara que mereces”. Esta é a história de “A Cara que Mereces”, primeira longa-metragem de Miguel Gomes (que assinou as curtas e médias “Entretanto”, “Inventário de Natal”, “31” e “Kalkitos”).
O filme, apresentado o ano passado no IndieLisboa, conquistou os Prémios de Melhor Fotografia para Filme Português e Prémio da Crítica.
Interpretação: José Aroisa, Gracinda Nave, Sara Graça | Realização: Miguel Gomes | Argumento: Miguel Gomes, Manuel Mozos, Telmo Churro | Fotografia: Rui Poças | Montagem: Miguel Gomes, Sandro Aguilar | Produção: João Figueiras, Sandro Aguilar
Quinta-feira, 03 de abril | 21h30
CÓPIA CERTIFICADA
Abbas Kiarostami
ITÁLIA/FRANÇA/IRÃO | 2010 | FIC. | Cor | 106’ | M/12
Ele (o barítono William Shimell) é um escritor inglês em busca de um significado para a vida. Ela (Juliette Binoche) é uma galerista francesa em busca de originalidade. Quando, depois de uma conferência dele, se conhecem, decidem passear por uma pequena cidade no sul da Toscana, onde embarcam num jogo: durante todo aquele dia vão fingir ser um casal. Contudo, a forma como inventam essa relação é de tal modo convincente que acabam por se tornar um, criando assim a sua própria história de amor.
Título Original: Copie Conforme | Interpretação: Juliette Binoche, William Shimell, Jean-Claude Carrière | Realização: Abbas Kiarostami | Argumento: Abbas Kiarostami, Caroline Eliacheff | Fotografia: Luca Bigazzi | Montagem: Bahman Kiarostami | Produção: Claire Dornoy, Marin Karmitz
Sábado, 05 de abril | 16h00
HÁ FESTA NA ALDEIA / JOUR DE FÊTE
Jacques Tati
FRANÇA | 1949 | Fic | P&B | 79’ | M/6
Numa pequena aldeia do centro de França é dia de festa: os feirantes chegam à praça com as suas roulotes, carroças, carros, cestas, carroceis, lotarias, fanfarras. Instala-se um cinema ambulante. É ocasião para os aldeões descobrirem um documentário sobre as proezas dos correios na América. Ridicularizado por toda a aldeia, François, o carteiro, decide aprender a executar o seu trabalho “à americana”.
Título Original: Jour de fête| Interpretação: Jacques Tati, Guy Decomble, Paul Frankeur | Realização: Jacques Tati | Argumento: Jacques Tati, Henri Marquet, René Wheeler | Fotografia: Jacques Mercanton, Jacques Sauvageot | Montagem: Marcel Morreau | Produção: Fred Orain, André Paulvé | Música: Jean Yatone
Quarta-feira, 09 de abril | 21h30
OS CANIBAIS
Manoel de Oliveira
PORTUGAL | 1988 |Fic. | Cor | 99’ | M/12
Baseado na novela de Álvaro Carvalhal, este filme-ópera, inteiramente cantado, com música de João Paes, é dos mais livres de toda a obra de Oliveira. Versão irónica do tema dos “amores frustrados” que tanto ocupou o cineasta nos anos 70, em que a perversão das relações amorosas e o sacrifício carnal são literalmente levados às últimas consequências. Também é um filme atravessado de uma ponta à outra por um dos temas obsessivos do realizador: a representação. Representação que passa de um tom macabro ao de um Carnaval. O trabalho foi distinguido com o prémio de melhor música do Festival Internacional de Sitges em 1989.
Interpretação: Diogo Dória, Leonor Silveira, Luís Miguel Cintra | Realização: Manoel de Oliveira | Argumento: Manoel de Oliveira | Fotografia: Mário Barroso | Montagem: Manoel de Oliveira, Sabine Franel | Produção: Paulo Branco, Paulo de Sousa
Quinta-feira, 10 de abril | 21h30
EM PARIS / DANS PARIS
Christophe Honoré
FRANÇA | 2006 | Fic | Cor | 92’ | M/12
Será mesmo possível que uma história de amor nos faça saltar de uma ponte? “Em Paris” segue as aventuras sentimentais de dois irmãos – Jonathan, um conquistador, e Paul, deprimido depois da rutura de um amor violento. Romain Duris (“A Residência Espanhola” e “De Tanto Bater o Meu Coração Parou”) e Louis Garrel (“Os Sonhadores”) são os atores que dão corpo aos dois irmãos, num filme que cruza o musical e o melodrama.
Título Original: Dans Paris | Interpretação: Romain Duris, Louis Garrel, Joana Preiss | Realização: Christophe Honoré | Argumento: Christophe Honoré | Fotografia: Jean- Louis Vialard | Montagem: Chantal Hymans | Produção: Paulo Branco
Sábado, 12 de abril | 16h00
Os Chapéus de chuva de Cherbourg / Les parapluies de Cherbourg
Jacques Demy
FRANÇA | 1964 | Fic | Cor | 90’ | M/12
Um filme encantado e “em cantado”. Palma de ouro do Festival de Cannes de 1964, “Les Parapluies de Cherbourg” é um dos mais belos filmes do cinema francês, com a sua atmosfera de mágica melancolia onde os apaixonados se cruzam e se perdem. Um filme totalmente cantado, sobre o efémero e a eternidade do amor.
Título Original: Les Parapluies de Cherbourg | Interpretação: Anne Vernon, Catherine Deneuve, Marc Michel | Realização: Jacques Demy | Argumento: acques Demy | Fotografia: Jean Rabier| Montagem: Anne – Marie Cotret, Monique Teisseire | Produção: Mag Bodard | Música: Michel Legrand
Apoio: Consulat Generale de France au Portugal
Terça-feira, 15 de abril’14 | 21h30
SESSÃO ESPECIAL – 69º ANIVERSÁRIO DO CLUBE PORTUGUÊS DE CINEMATOGRAFIA – CINECLUBE DO PORTO
ENTRADA LIVRE
MORTE DE UM CICLISTA / MUERTE DE UN CICLISTA
Juan Antonio Bardem
ESPANHA/IT | 1955 | Fic | P&B | 88’ | M/12
Ao regressarem a Madrid, uma dona de casa da alta sociedade e um professor universitário atropelam um ciclista. Embora se apercebam que ele sobreviveu ao acidente, sabem que ao ajuda-lo expõem o seu affair. Resolvem então fugir do local do acidente e deixar o ciclista abandonado à sua sorte. Depois de verem a noticia da morte do ciclista nos jornais, o casal lida com uma tensão crescente, nascida do medo das suas ações serem descobertas.
Título Original: Muerte de un Ciclista | Interpretação: Lucia Bosé, Alberto Closas | Realização: Juan Antonio Bardem | Argumento: Juan Antonio Bardem, Luis Fernando de Igoa | Fotografia: Alfredo Fraile | Montagem: Margarita de Ochoa | Produção: Manuel J. Goyanes | Música: Isidro B. Maiztegui
Apoio: Embajada de España en Portugal
Quarta-feira, 16 de abril | 21h30
4 COPAS
Manuel Mozos
PORTUGAL | 2008 | Fic | Cor | 104’| M/12
Depois de “Xavier”, “Quando Troveja” e “Ruínas”, Manuel Mozos regressa aos cinemas com esta longa-metragem de ficção, com a cidade de Lisboa como pano de fundo, sobre pessoas comuns que vivem e partilham problemas comuns.
Diana (Rita Martins), a entrar na idade adulta, vive despreocupadamente as suas aventuras amorosas. Mora com o pai (João Lagarto), um homem tranquilo e pouco exigente, e com a madrasta Madalena (Margarida Marinho), uma mulher frustrada e viciada no jogo. Um dia descobre que Madalena trai o seu pai com Miguel (Filipe Duarte), um segurança muito atraente e mais jovem, que dá aulas de escalada nas horas vagas. Com o intuito de salvar o casamento do seu pai, Diana aproxima-se de Miguel. Mas acaba por descobrir o amor…
Interpretação: Margarida Marinho, João Lagarto, Rita Martins | Realização: Manuel Mozos | Argumento: Cláudia Sampaio, Octávio Rosado, Manuel Mozos | Fotografia: José António Loureiro | Montagem: Pedro Marques, Manuel Mozos, Rui Santos | Produção: Maria João Sigalho, Paula Ribas | música: Mariana Ricardo
Quinta-feira, 17 de abril | 21h30
OS PSICO–DETETIVES / I HEART HUCKABEES
David O. Russell
ALE/ RU/EUA | 2004 | Fic | Cor | 106’ | M/12
Convencido que uma série de coincidências que lhe aconteceram recentemente encerram o segredo para os grandes enigmas da vida, Albert procura a ajuda de uma agência de detetives que o levará a questionar a própria essência da vida.
Albert consulta Bernard e Vivian Jaffe, mais conhecidos como Detetives Existencialistas, um casal “metafísico” que investiga os mistérios mais íntimos dos seus clientes.
O filme conta com um elenco de luxo, entre os quais Dustin Hoffman, Jude Law, Naomi Watts, Mark Wahlberg e Isabelle Huppert.
Título Original: I heart Huckabees | Interpretação: Jason Shwartzman, Isabelle Huppert, Dustin Hoffman | Realização: David O. Russell | Argumento: David O. Russell, Jeff Baena | Fotografia: Peter Deming | Montagem: Robert K. Lambert | Produção: Michael Kuhn | Música: Jon Brion
Sábado, 19 de abril | 16h00
ANIKI BÓBÓ
Manoel de Oliveira
PORTUGAL | 1942 | Fic | P&B | 68’ | M/12
Em 1942, Manoel de Oliveira realizou “Aniki-Bóbó” afirmando-se como um dos mais importantes cineastas portugueses. Vinte anos depois, contrariando tudo o que de mal se tinha dito na altura da estreia, o filme fez sensação em Cannes, nos Encontros Internacionais do Filme para a Juventude. Hoje, este filme é apontado como uma obra memorável de Manoel de Oliveira mesmo por muitos daqueles que não gostam, não compreendem e não aceitam a maioria dos seus filmes. É uma história sobre as crianças pobres do Porto que brincam nas ruas aos “polícias e ladrões”. Um deles rouba uma boneca para dar à rapariga dos seus sonhos. Entre o realismo mágico e o lirismo documental, “Aniki-Bóbó” afirma-se como uma obra pioneira do neo-realismo.
Interpretação: Feliciano David, Fernanda Matos, António Botelho | Realização: Manoel de Oliveira | Argumento: Manoel de Oliveira | Fotografia: António Mendes | Montagem: Viera de Sousa, Manoel de Oliveira | Produção: António Lopes Ribeiro
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Quarta-feira, 23 de abril | 21h30
FANTASIA LUSITANA
João Canijo
PORTUGAL | 2010 | Doc | P&B | 67’ | M/12
Um documento com imagens de arquivo e testemunhos de alguns dos milhares de refugiados que, na década de 40, durante a fuga da Europa nazi, usaram Portugal como ponto de passagem. João Canijo faz uma análise sociológica de um país que se recusou a admitir o que se passava no resto do continente, vivendo numa espécie de fantasia e isolamento moral, como se nada lhe dissesse respeito. Integra ainda textos de Alfred Döblin, Erika Mann e Antoine de Saint-Exupéry, lidos pelas vozes dos actores Hanna Schygulla, Rudiger Vogler e Christian Patey.
Este é um documentário sobre, segundo as próprias palavras do realizador, “os dois níveis de realidade em Portugal, o mundo em guerra e a fantasia do país neutral, o mito criado por Salazar”.
Realização: João Canijo | Argumento: João Canijo | Montagem: João Braz | Produção: João Trabulo
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Quinta-feira, 24 de abril | 21h30
8 ½ FESTA DO CINEMA ITALIANO NO PORTO
LA MIA CLASSE
Daniele Gaglianone
Itália | 2013 | Cor | 92’ | M/16
Um filme de ‘verdadeira ficção’: um ator – Valerio Mastandrea – no papel de professor de italiano para estrangeiros. Os alunos que constituem a turma são jovens imigrantes que trazem com eles parte da realidade que deixaram e que agora estão juntos no esforço de aprendizagem de uma nova língua e à procura de uma nova vida. Durante a rodagem, embora o realizador interrompa as filmagens, a equipa de produção continua o seu trabalho e tornam-se todos atores de uma única história onde a realidade assume o papel principal.
Argumento: Gino Clemente, Daniele Gaglianone, Claudia Russo | Fotografia: Gherardo Gossi | Montagem: Enrico Giovannone | Produção: Axelotil Film, Kimerafilm, Relief, com Rai Cinema | Interpretação: Valerio Mastandrea
Apoio: Associação Il Sorpasso
Sábado, 26 de abril | 16h00
8 ½ FESTA DO CINEMA ITALIANO NO PORTO
FILME EM CONFIRMAÇÃO
(Brevemente divulgaremos a programação do ‘8 ½ FESTA DO CINEMA ITALIANO NO PORTO’ que terá lugar na Casa das Artes – Sala Henrique Alves Costa de 24 a 27 de abril’14).
Quarta-feira, 30 de abril | 21h30
MORAL CONJUGAL
Artur Serra Araújo
PORTUGAL | 2012 | Fic | Cor | 99’ | M/12
Apresentado pelo realizador.
Nascido em 1977, Serra Araújo completa a licenciatura de Som e Imagem na Escola das Artes da Universidade Católica em 2003. Depois de realizar as curtas metragensUma Comédia Infeliz e Frio, com as quais recebeu excelente aceitação por parte do público e da crítica, aventura-se na escrita de teatro com a peça Alter Ego, levada à cena pelo Teatro Bruto em 2006. No ano seguinte, apresenta a primeira longa-metragem, Suicídio Encomendado, sendo-lhe atribuído, entre outros, o prémio especial do júri do Fantasporto 2007. Em 2010, estreou Desavergonhadamente Real, recentemente premiada no shortcutz Lisboa como melhor curta-metragem do ano, melhor realizador e melhor montagem. Já em 2012 apresentou a sua segunda longa-metragem, A Moral Conjugal, conquistando novamente o prémio especial do júri no Fantasporto 2012.
Manuela é uma sensual delegada de propaganda médica, constantemente envolvida em fugazes casos com os médicos com quem trabalha. Até que as suas ações escapam ao seu controlo e, entre mentiras, vê-se numa luta desesperada por evitar as consequências conjugais.
Interpretação: São José Correia, Catarina Wallenstein, José Wallenstein | Realização: Artur Serra Araújo | Argumento: Artur Serra Araújo | Fotografia: Pedro Azevedo | Montagem: Eugénio Marques, Sérgio Batista Pedro | Produção: Francisco Bravo Ferreira | Música: Pedro Marques
Bilhete Normal: €3.50 | Bilhete Estudante e Sénior: € 2.50| Bilhete Associado Cineclube do Porto: €0.50
A bilheteira abre 30 minutos antes de cada sessão.
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Clube Português de Cinematografia – Cineclube do Porto| T. 927 476 519 | ccp@cineclubedoporto.pt
Casa das Artes – Sala Henrique Alves Costa | Rua de Ruben A. 210 – 4150-639 Porto |















